ABU SIMBEL .
Cerca de 90 mil pessoas tiveram que deixar suas casas durante a construção da represa de Aswan. Seus vilarejos se encontravam na área que seria inundada pelas águas estancadas. Quase submersos também foram alguns dos principais monumentos do Egito, como Abu Simbel e Philae.
Os templos de Abu Simbel tiveram de ser removidos, pedaço por pedaço, a um terreno 60 metros mais alto que o lugar original. O projeto de traslado foi realizado entre 1963 a 1968 e contou com o suporte financeiro de mais de 50 países.
A razão para tamanho apoio internacional é simples: trata-se de um dos mais belos monumentos já criados pelo homem. Homem que, pelos poderes de Amon-Ra, atendia pelo nome de Ramses II, um dos faraós mais megalômanos que passaram pelo Egito.
Abu Simbel é, na verdade, dois templos, ambos construídos em meados de 1200 AC: o mais importante deles, dedicado aos deuses Amon, Ra-Horakhte e Ptah, tem em sua entrada quatro estátuas do faraó, todas com 20 metros de altura. Entre suas canelas encontram-se estátuas de Nefertari e Muttuy, mulher e mãe do faraó, respectivamente, e dos filhos do casal.
O monumento está esculpido a partir de uma colina de arenito e tem a entrada virada para o leste, sempre pronta para receber o sol nascente. Suas galerias, sustentadas por uma série de colunas, abrigam representações da batalha de Kadesh, que colocou os exércitos faraônicos contra os hititas, na disputa por território sírio.
Duas vezes por ano, o sol entra diretamente até o fundo do templo, e ilumina as estátuas de Ramses II que lá estão.
Já o segundo monumento, usado para a veneração de Hathor (deusa do amor e da fertilidade), tem em sua entrada estátuas de mais de 10 metros do casal real. O cenário que abriga tais obras é de enorme beleza: o Lago Nasser, criado a partir da construção da Alta Represa, estende-se como um veludo azul no meio da paisagem desértica ao lado dos templos
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