entrevista : " seu não tivesse família , não teria suportado " diz celso portioli .
“O substituto do Silvio Santos”, “a cópia do patrão”, “o tapa buraco”, “o cara da geladeira”. Celso Portioli cansou de escutar essas frases durante os 16 anos em que está no SBT. Pacientemente, esperou sua hora chegar. O momento, enfim, pode ter chegado agora com o comando do “Domingo Legal”, programa que Gugu Liberato deixou quando foi para a Record, há um mês. Pai de três crianças (Laura, 9 anos, Pedro Henrique, 6, e Luana, 2) e casado com Suzana há 15 anos, o apresentador recebeu a reportagem em sua aconchegante casa na semana passada. O local comporta um estúdio, um cinema e um porão pronto para virar uma saleta de encontros regados a vinhos Filho caçula de 12 irmãos, o menino que imitava Chico Anysio aos 11 anos e que foi vereador com 24 em Ponta Porã (MS) está feliz após a reviravolta que quase o tirou do SBT, a emissora de Silvio Santos.
Você ficou praticamente sumido por dois anos. Como foi passar por essa situação de “geladeira”?
CELSO PORTIOLI – Eu estava precisando de trabalho e deixei claro para o Silvio. Antes da reunião que me efetivou no ‘Domingo Legal’, ficava muito tempo em casa, pensando no que fazer. Isso estava me fazendo mal. Andava muito triste. Estava amarrado no contrato e já tinha planejado radicalizar: ou me dariam um programa ou eu iria embora. Ficar sem trabalhar é bom apenas por 30 dias.
Chegou a pensar se o problema era você?
CELSO PORTIOLI – Os anunciantes me queriam, mas o SBT não me dava um programa. Questionei se tinha talento, se agradava ao público e comecei a entrar em parafuso. Foi aí que tive uma conversa com o Silvio que durou uma hora e meia, quando disse que queria sair do SBT. Mesmo quando ele me deu o ‘Domingo Legal’, não aceitei de primeira. Achei que depois de seis meses tudo iria mudar. Foi quando ele deu a sua palavra. E, olha, é melhor o Silvio falar do que assinar um papel.
O que ele te falou?
CELSO PORTIOLI – Ele me disse que mesmo se o ‘Domingo Legal’ der errado, vai me dar outro programa, pois conheceu a minha insatisfação. Sabe, fui à mídia apenas uma vez para falar sobre isso. Disse que estava triste com a minha carreira e não com o SBT. E ia dar um jeito. Fiquei dois anos assim, trabalhando duas vezes por semana. A minha imagem não estava valendo nada.
Foi procurar ajuda profissional?
CELSO PORTIOLI – Acabei indo a um terapeuta umas duas vezes e decidi viajar por 25 dias, sozinho, no começo deste ano. Fui esquiar no Canadá e no Colorado para pensar na minha vida. Jantava sozinho e pensava na vida. Depois dessa viagem fiquei mais confiante, mais esperançoso. Até da terapia fui liberado. Sou um cara de ideias, sou criativo, sei escrever programas. Entrei na televisão criando o ‘Câmera Escondida’, sempre fiz tudo sozinho, mas as pessoas se esquecem disso.
Mas como reagiu a essa mudança do programa do domingo para o sábado a partir do segundo fim de semana de agosto?
CELSO PORTIOLI – Não é bom para o SBT. O ‘Domingo Legal’ é uma marca forte, tem faturamento. Questionei o Silvio e ele me respondeu que o SBT precisa melhorar os sábados. Me falou, me explicou e eu resolvi aceitar. Mesmo assim não acho que o sábado seja uma boa para o programa, acho que vai perder muito da força
Ele está com a sua cara?
CELSO PORTIOLI – Ainda não. Tem que ter mais palco, mais brincadeiras, games, que é o que eu sei fazer. O bom é que é um programa de variedades, não precisa ter quadros fixos. Quero fazer algo que tenha surpresas, sem começo, meio e fim, como fazem o Faustão, o (Luciano) Huck. Mas como não quero ficar dando ideias para não gerar conflitos com o pessoal que está há mais tempo lá, acho que daqui a uns dois meses consigo dar uma cara mais minha ao programa.
Substituir o Gugu é uma responsabilidade grande?
CELSO PORTIOLI – Quando eu não entendia nada de televisão, substituí o Silvio Santos no ‘Xaveco’ e não estava nem aí. E dessa vez não pesou muito, já que era algo obrigatório. Já substitui a Angélica, já substitui a Galisteu, com o Gugu não seria diferente.
Ser sempre o substituto não o incomoda?
CELSO PORTIOLI – Percebi que muita gente gosta de dar títulos. Quando não era o cara da geladeira era o tapa buraco. Mas hoje eu penso assim. Tem o lado do pessimista e do otimista. Prefiro seguir o lado da perseverança. Essa torcida de todo o SBT para que eu voltasse foi fundamental. Tanto que eu entrei tranquilíssimo na estreia.
A entrada da Daniela Beyruti (filha de Silvio Santos) na alta cúpula do SBT foi primordial para a sua efetivação?
CELSO PORTIOLI – Sim. Eu saí de uma reunião muito pesada com o Silvio e só fiquei leve quando percebi que a Daniela estava empolgada.
O Silvio ainda “bate bem”?
CELSO PORTIOLI – Ele é meio gênio, tem uma calculadora na cabeça e com 79 anos a saúde dele é melhor do que a minha. Vai conversar com ele pra ver se você acompanha o raciocínio dele. E ele é muito brincalhão, faz umas coisas de propósito, pra gerar notícia. Já aprontou e vai continuar aprontando.
Você acha que ele continua por muito tempo no SBT?
CELSO PORTIOLI – Eu espero que o Silvio fique por bastante tempo, ele é a cara do SBT e tem muito faturamento por isso. Eu já li que ele quer se dedicar à novela, mas não acredito. O Silvio encara sua profissão como diversão. É o ponto em que eu quero chegar um dia.
Nesses dois anos em que esteve sem fazer muita coisa, você teve convite de outras emissoras?
CELSO PORTIOLI – Sempre tive, mas não nesse período. Ficava esperando e nada. Cheguei à conclusão de que quando você fica fora do ar a sua imagem se desgasta muito. As pessoas não compram o seu talento, compram e contratam o seu sucesso no momento. Mesmo assim, gravei uns pilotos aqui em casa e sabia que poderia implantar as minhas ideias em qualquer outra emissora.
Mas pensou em deixar o SBT?
CELSO PORTIOLI – Meu sonho é ficar lá. Hoje, o apresentador que está há mais tempo com o Silvio Santos sou eu.
Passou pela sua cabeça entrar para outro ramo?
CELSO PORTIOLI – Gosto muito de construção e estava planejando abrir uma empresa de controle biológico. Até comprei um terreno no interior, mas agora dei uma puxada no freio de mão. O Ratinho sempre me disse para não montar empresa nenhuma, para comprar terra e imóvel.
Falando em Ratinho, quem foram os apresentadores de dentro do SBT que o ajudaram nesses momentos difíceis?
CELSO PORTIOLI – O Ratinho e o Carlos Alberto de Nóbrega, especialmente. Nos momentos mais difíceis, o Carlos Alberto sempre me chamava e pedia para eu ter paciência, para ficar no SBT, acreditar na casa.O Ratinho, antes do convite de o ‘Domingo Legal’ acontecer, me chamou para conversar, me disse para pedir ao Silvio o programa. Ele sempre disse que queria que eu fosse o quarto filho dele. Sempre ouço muito. Apenas as críticas destrutivas é que entram por um ouvido e saem pelo outro.
Essa sua imagem de “imitador do Silvio Santos” ainda atrapalha hoje em dia?
CELSO PORTIOLI – Isso pesou no começo. As pessoas confundiram substituto com imitador. Até hoje tem gente que fala que eu imito o Silvio Santos. É como confundir o Romário com o Robinho só porque os dois jogam bola. Meu jeito de falar não é igual ao do Silvio, sou parecido, mas vou fazer o quê? Uma plástica para ficar igual ao Michael Jackson?
Isso lhe toliu de algum modo?
CELSO PORTIOLI – Fiquei muito preocupado com a minha maneira de apresentar. Baixei o tom da voz, não me mexia mais muito, até usei cabelo arrepiado. Mas a minha voz é de radialista e a do Silvio também. No começo nunca havia apresentado programa de televisão e ia me espelhar em quem? No melhor, que é o Silvio. Na rádio foi a mesma coisa, depois fui achando o meu estilo. Para você ter uma ideia, não uso terno há 10 anos e as pessoas ainda têm essa minha imagem na cabeça.
E essa maneira de estar sempre alegre, atrapalhou de alguma forma?
CELSO PORTIOLI – Sempre fui muito brincalhão e meu defeito é que não consigo falar sério. Às vezes eu olho as fitas antigas e me pergunto ‘por que que eu estou rindo?’. Eu era over e tem pessoas que acabam confundindo isso com ser falso e ridículo. Hoje, quando vou fazer a entrega da casa, por exemplo, não conto piada. Aprendi que é melhor ser neutro.
Quando cheguei aqui, você me disse que seus filhos têm sentido a sua falta. Como tem sido a reação deles com seu novo trabalho.
CELSO PORTIOLI – Sempre tive muita sorte de ter tempo de ficar com os meus filhos. Eles sempre estiveram acostumados à minha presença, pois ficava quase o tempo todo em casa. Agora saio às seis da manhã e chego às oito da noite. Esta semana gravei segunda, terça, quarta e quinta. Minha filha mais velha sempre me pergunta: ‘Papai, você vai trabalhar amanhã?’. Por enquanto a rotina é essa, mas depois as coisas vão se acomodar.
Eles dão palpite?
CELSO PORTIOLI – Meus filhos gostam muito de televisão. Sabe, era aqui dentro que eu tinha todo o suporte e a torcida é grande Quando eu chego do ‘Domingo Legal’, eles dão palpite em tudo. Se eu não tivesse família, teria me destrambelhado todo, não teria suportado.
“O substituto do Silvio Santos”, “a cópia do patrão”, “o tapa buraco”, “o cara da geladeira”. Celso Portioli cansou de escutar essas frases durante os 16 anos em que está no SBT. Pacientemente, esperou sua hora chegar. O momento, enfim, pode ter chegado agora com o comando do “Domingo Legal”, programa que Gugu Liberato deixou quando foi para a Record, há um mês. Pai de três crianças (Laura, 9 anos, Pedro Henrique, 6, e Luana, 2) e casado com Suzana há 15 anos, o apresentador recebeu a reportagem em sua aconchegante casa na semana passada. O local comporta um estúdio, um cinema e um porão pronto para virar uma saleta de encontros regados a vinhos Filho caçula de 12 irmãos, o menino que imitava Chico Anysio aos 11 anos e que foi vereador com 24 em Ponta Porã (MS) está feliz após a reviravolta que quase o tirou do SBT, a emissora de Silvio Santos.
Você ficou praticamente sumido por dois anos. Como foi passar por essa situação de “geladeira”?
CELSO PORTIOLI – Eu estava precisando de trabalho e deixei claro para o Silvio. Antes da reunião que me efetivou no ‘Domingo Legal’, ficava muito tempo em casa, pensando no que fazer. Isso estava me fazendo mal. Andava muito triste. Estava amarrado no contrato e já tinha planejado radicalizar: ou me dariam um programa ou eu iria embora. Ficar sem trabalhar é bom apenas por 30 dias.
Chegou a pensar se o problema era você?
CELSO PORTIOLI – Os anunciantes me queriam, mas o SBT não me dava um programa. Questionei se tinha talento, se agradava ao público e comecei a entrar em parafuso. Foi aí que tive uma conversa com o Silvio que durou uma hora e meia, quando disse que queria sair do SBT. Mesmo quando ele me deu o ‘Domingo Legal’, não aceitei de primeira. Achei que depois de seis meses tudo iria mudar. Foi quando ele deu a sua palavra. E, olha, é melhor o Silvio falar do que assinar um papel.
O que ele te falou?
CELSO PORTIOLI – Ele me disse que mesmo se o ‘Domingo Legal’ der errado, vai me dar outro programa, pois conheceu a minha insatisfação. Sabe, fui à mídia apenas uma vez para falar sobre isso. Disse que estava triste com a minha carreira e não com o SBT. E ia dar um jeito. Fiquei dois anos assim, trabalhando duas vezes por semana. A minha imagem não estava valendo nada.
Foi procurar ajuda profissional?
CELSO PORTIOLI – Acabei indo a um terapeuta umas duas vezes e decidi viajar por 25 dias, sozinho, no começo deste ano. Fui esquiar no Canadá e no Colorado para pensar na minha vida. Jantava sozinho e pensava na vida. Depois dessa viagem fiquei mais confiante, mais esperançoso. Até da terapia fui liberado. Sou um cara de ideias, sou criativo, sei escrever programas. Entrei na televisão criando o ‘Câmera Escondida’, sempre fiz tudo sozinho, mas as pessoas se esquecem disso.
Mas como reagiu a essa mudança do programa do domingo para o sábado a partir do segundo fim de semana de agosto?
CELSO PORTIOLI – Não é bom para o SBT. O ‘Domingo Legal’ é uma marca forte, tem faturamento. Questionei o Silvio e ele me respondeu que o SBT precisa melhorar os sábados. Me falou, me explicou e eu resolvi aceitar. Mesmo assim não acho que o sábado seja uma boa para o programa, acho que vai perder muito da força
Ele está com a sua cara?
CELSO PORTIOLI – Ainda não. Tem que ter mais palco, mais brincadeiras, games, que é o que eu sei fazer. O bom é que é um programa de variedades, não precisa ter quadros fixos. Quero fazer algo que tenha surpresas, sem começo, meio e fim, como fazem o Faustão, o (Luciano) Huck. Mas como não quero ficar dando ideias para não gerar conflitos com o pessoal que está há mais tempo lá, acho que daqui a uns dois meses consigo dar uma cara mais minha ao programa.
Substituir o Gugu é uma responsabilidade grande?
CELSO PORTIOLI – Quando eu não entendia nada de televisão, substituí o Silvio Santos no ‘Xaveco’ e não estava nem aí. E dessa vez não pesou muito, já que era algo obrigatório. Já substitui a Angélica, já substitui a Galisteu, com o Gugu não seria diferente.
Ser sempre o substituto não o incomoda?
CELSO PORTIOLI – Percebi que muita gente gosta de dar títulos. Quando não era o cara da geladeira era o tapa buraco. Mas hoje eu penso assim. Tem o lado do pessimista e do otimista. Prefiro seguir o lado da perseverança. Essa torcida de todo o SBT para que eu voltasse foi fundamental. Tanto que eu entrei tranquilíssimo na estreia.
A entrada da Daniela Beyruti (filha de Silvio Santos) na alta cúpula do SBT foi primordial para a sua efetivação?
CELSO PORTIOLI – Sim. Eu saí de uma reunião muito pesada com o Silvio e só fiquei leve quando percebi que a Daniela estava empolgada.
O Silvio ainda “bate bem”?
CELSO PORTIOLI – Ele é meio gênio, tem uma calculadora na cabeça e com 79 anos a saúde dele é melhor do que a minha. Vai conversar com ele pra ver se você acompanha o raciocínio dele. E ele é muito brincalhão, faz umas coisas de propósito, pra gerar notícia. Já aprontou e vai continuar aprontando.
Você acha que ele continua por muito tempo no SBT?
CELSO PORTIOLI – Eu espero que o Silvio fique por bastante tempo, ele é a cara do SBT e tem muito faturamento por isso. Eu já li que ele quer se dedicar à novela, mas não acredito. O Silvio encara sua profissão como diversão. É o ponto em que eu quero chegar um dia.
Nesses dois anos em que esteve sem fazer muita coisa, você teve convite de outras emissoras?
CELSO PORTIOLI – Sempre tive, mas não nesse período. Ficava esperando e nada. Cheguei à conclusão de que quando você fica fora do ar a sua imagem se desgasta muito. As pessoas não compram o seu talento, compram e contratam o seu sucesso no momento. Mesmo assim, gravei uns pilotos aqui em casa e sabia que poderia implantar as minhas ideias em qualquer outra emissora.
Mas pensou em deixar o SBT?
CELSO PORTIOLI – Meu sonho é ficar lá. Hoje, o apresentador que está há mais tempo com o Silvio Santos sou eu.
Passou pela sua cabeça entrar para outro ramo?
CELSO PORTIOLI – Gosto muito de construção e estava planejando abrir uma empresa de controle biológico. Até comprei um terreno no interior, mas agora dei uma puxada no freio de mão. O Ratinho sempre me disse para não montar empresa nenhuma, para comprar terra e imóvel.
Falando em Ratinho, quem foram os apresentadores de dentro do SBT que o ajudaram nesses momentos difíceis?
CELSO PORTIOLI – O Ratinho e o Carlos Alberto de Nóbrega, especialmente. Nos momentos mais difíceis, o Carlos Alberto sempre me chamava e pedia para eu ter paciência, para ficar no SBT, acreditar na casa.O Ratinho, antes do convite de o ‘Domingo Legal’ acontecer, me chamou para conversar, me disse para pedir ao Silvio o programa. Ele sempre disse que queria que eu fosse o quarto filho dele. Sempre ouço muito. Apenas as críticas destrutivas é que entram por um ouvido e saem pelo outro.
Essa sua imagem de “imitador do Silvio Santos” ainda atrapalha hoje em dia?
CELSO PORTIOLI – Isso pesou no começo. As pessoas confundiram substituto com imitador. Até hoje tem gente que fala que eu imito o Silvio Santos. É como confundir o Romário com o Robinho só porque os dois jogam bola. Meu jeito de falar não é igual ao do Silvio, sou parecido, mas vou fazer o quê? Uma plástica para ficar igual ao Michael Jackson?
Isso lhe toliu de algum modo?
CELSO PORTIOLI – Fiquei muito preocupado com a minha maneira de apresentar. Baixei o tom da voz, não me mexia mais muito, até usei cabelo arrepiado. Mas a minha voz é de radialista e a do Silvio também. No começo nunca havia apresentado programa de televisão e ia me espelhar em quem? No melhor, que é o Silvio. Na rádio foi a mesma coisa, depois fui achando o meu estilo. Para você ter uma ideia, não uso terno há 10 anos e as pessoas ainda têm essa minha imagem na cabeça.
E essa maneira de estar sempre alegre, atrapalhou de alguma forma?
CELSO PORTIOLI – Sempre fui muito brincalhão e meu defeito é que não consigo falar sério. Às vezes eu olho as fitas antigas e me pergunto ‘por que que eu estou rindo?’. Eu era over e tem pessoas que acabam confundindo isso com ser falso e ridículo. Hoje, quando vou fazer a entrega da casa, por exemplo, não conto piada. Aprendi que é melhor ser neutro.
Quando cheguei aqui, você me disse que seus filhos têm sentido a sua falta. Como tem sido a reação deles com seu novo trabalho.
CELSO PORTIOLI – Sempre tive muita sorte de ter tempo de ficar com os meus filhos. Eles sempre estiveram acostumados à minha presença, pois ficava quase o tempo todo em casa. Agora saio às seis da manhã e chego às oito da noite. Esta semana gravei segunda, terça, quarta e quinta. Minha filha mais velha sempre me pergunta: ‘Papai, você vai trabalhar amanhã?’. Por enquanto a rotina é essa, mas depois as coisas vão se acomodar.
Eles dão palpite?
CELSO PORTIOLI – Meus filhos gostam muito de televisão. Sabe, era aqui dentro que eu tinha todo o suporte e a torcida é grande Quando eu chego do ‘Domingo Legal’, eles dão palpite em tudo. Se eu não tivesse família, teria me destrambelhado todo, não teria suportado.
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