quarta-feira, 1 de julho de 2009


" G . I . " : MAIS BONECOS NA TELA .


Depois de Transformers, é a vez dos Comandos em Ação ganharem sua versão para o cinema. Stephen Sommers (Van Helsing - O Caçador de Monstros , A Múmia) é o responsável por dar vida a personagens como Duke e Baronesa, que na telona, são vividos por Channing Tatum e Sienna Miller, astros da fita.


A Origem de Cobra, que contaram como foi difícil rodar as cenas de maior ação com roupas colantes. “Mal dava para respirar”, brinca a loiríssima Sienna que, no filme, aparece com os cabelos pretos.


Por aqui, damos uma mostra de como foi o bate-papo, realizado no luxuoso hotel Four Seasons.




Marlon Wayans (Ripcord)


No começo da conversa, você disse que amava o Brasil, já esteve lá?


Eu ouço coisas incríveis sobre lá. São Paulo é uma das melhores ilhas no mundo, há tanta cultura, tantas mulheres, meus filhos já foram e disseram: “Você tem que conhecer, é o lugar mais lindo do mundo!”. E eu disse: “Certo, estou me mudando em duas semanas!” Quero muito visitar.



Mudando de assunto, como é estar em um filme como G.I. Joe, algo diferente em sua carreira de comediante?


Lembro que fiz um trabalho mais parecido talvez em As Branquelas, eram policiais, era bem duro… Ainda mais pela maquiagem toda. Ser soldado é mais divertido, não tem toda aquela parafernália, é mais trabalho físico.



Quem é exatamente seu personagem na história?


É o Ripcord, um cara do bem, junto com o personagem do Channing Tatum, não estamos na equipe dos G.I Joe ainda e queremos entrar. Ripcord quer ser da força aérea, ele gosta de aviões e acaba sendo o responsável por lidar com mísseis. Nesse filme, eu quis construir um herói com humor, algo mais próximo do que o Bruce Willis faz em Duro de Matar ou Eddie Murphy faz em Um Tira da Pesada



Você brincava com bonecos G.I. Joe quando criança?


Eu adorava , mas não podia comprar, então, eu olhava meus amigos brincarem e pedia emprestado. Os que eu tinha eram da versão mais barata, aqueles que nem moviam as pernas! Eu adorava o desenho animado e queria me vestir que nem eles.



Como é construir um personagem que era, na verdade, apenas um brinquedo?


É como em qualquer outro filme. No começo, recebemos uma sinopse e ali está tudo explicado. É claro que o boneco te traz alguma inspiração, e o seu trabalho é dar vida a ele.



Você tem experiência com aviões?


Eu adoraria investir nisso se eu tivesse mais tempo. Mas não.



Como foi usar o uniforme de seu personagem?


A gente não consegue se mexer muito, eram super apertados e o oxigênio não ia até meu cérebro! E me pediam para eu correr, pular, lutar…Outra coisa: não haviam saídas nem pela frente nem por trás… Mas eu coloquei na minha cabeça que não podia deixar o público perceber que eu estava passando mal!



E você toparia uma sequência desse filme?


Olha, depois desse filme, preciso demais voltar às comédias, a uma comédia típica dos irmãos Wayans, sabe? Agora estamos produzindo um filme chamado Dance Flick. Eu estava desesperado para voltar a fazer piadas. Meus sobrinhos estão nele, é um filme que mistura dança e comédia.



Mas e a experiência em G.I Joe, você não gostou de fazer, então?


Eu adorei! E adorei o fato de esse filme ter todos os elementos que um grande blockbuster tem! Tem explosões gigantes, ação, grande elenco, romance, aventura. Acho que um bom filme de ação tem mesmo que misturar esses ingredientes. Eu adorei! Acho que mulheres, homens, adolescentes vão gostar



Rachel Nichols (Scarlett)



Você pintou o cabelo para esse papel?


Sim. Eu e Sienna Miller, que somos naturalmente loiras, temos a mesma cor de cabelo, pintamos para o filme.



Como foram os treinos para o filme?


Aprendemos a lutar, a usar armas, o filme nos exige muito fisicamente. Eu e Sienna temos algumas cenas de luta e começamos a coreografar umas seis semanas antes. É uma completa combinação de lutas como Ta Kwon Do, Karatê… É tudo muito físico, quase uma dança.



Quem se saiu melhor, você ou Sienna?


Eu já tinha alguma experiência do tipo, então acho que para a Sienna foi mais complicado!



Sua personagem é a boa e Sienna faz a grande vilã, certo?


Sim, Scarlett é uma G.I Joe e Sienna faz a Baronesa. Scarlett cresceu no meio dos G.I Joe e considera os meninos irmãos.



Marlon estava reclamando das roupas… Como foi a experiência com os figurinos?


Ellen Mirojnick foi a responsável pelos figurinos e ela realmente teve uma visão muito boa de como tudo funcionava. Ela sabia que precisava diferenciar muito bem cada personagem, principalmente Cobra (Joseph Gordon-Levitt) e Storm Shadow (Byung-hun Lee). Ela mostrou muita preocupação em cuidado em relação aos ângulos da câmera e como cada uniforme ia parecer dependo do ângulo, além de pensar muito bem que aquelas roupas tinham que ser usadas em cenas de luta. Acho que outro ponto importante é que ela atualizou os uniformes, que foram desenhados na década de 1980. Seria fácil apenas reproduzir.



Stephen Sommers disse que esse é um filme assumidamente blockbuster. Isso te incomoda?


Não. Acho muito legal, porque esse é um filme pipoca mesmo, para a família. Então, você pode ir tranqüilo, para se divertir sem pensar muito em questões políticas, de que país estamos falando. Não há crítica ali, só diversão. E acho isso muito válido. E trabalhar com o Sommers foi fantástico. Ele estava tão empolgado, sabia tanto de tudo que estava falando que isso nos passou uma motivação muito grande.



Você esteve recentemente em Star Trek também, um filme, que, como G. I Joe, em geral, desperta reações adversas dos fãs. Como lida com isso?


Star Trek foi feito de uma forma brilhante. J. J Abrams, o diretor, não queria copiar ou reviver nada. A forma como ele escalou o elenco mostrava isso muito bem. Ele queria fazer algo único. Eu interpretei Gaila, uma personagem verde e acho que as pessoas não me reconheciam nas ruas. Fora isso, os fãs gostaram bastante dessa versão de J. J Abrams. Acho que no caso da Scarlett, minha personagem em G.I Joe, talvez possa ser alvo de mais críticas, mas fizemos de uma maneira tão fiel ao brinquedo original, com tanto cuidado que os fãs vão gostar. É claro, não se pode agradar a todos sempre, mas acho que o retorno será positivo.



Stephen Sommers (diretor)



Rachel Nichols e Sienna Miller estavam falando do seu entusiasmo com o projeto…Só não gosto dessa parte, da publicidade. Eu realmente amo fazer esse tipo de filme. Não grito com as pessoas. Se me sinto estressado, é comigo mesmo.



Por que escalar Sienna para a vilã?


Os americanos não a conhecem tão bem. E quando vi Sienna, com aquele sotaque britânico, achei muito legal. Gosto de atrizes inglesas, elas são profissionais. Trabalehi com Rachel Weisz em A Múmia e adorei a experiência. Acho que ela é subestimada. Ela tem uma energia incrível, uma dubiedade muito boa, e acho que atrizes têm que ter isso, não dá para contar com uma profissional que só faz um personagem.



Muitas atrizes de fora têm se destacado mais e mais. Você acha que isso vai acontecer com ela?



Acho que sim. E acho que ainda não aconteceu porque ela não está aqui nos EUA. As pessoas não a conhecem. Acho que esse filme vai ajudar. O Spielberg viu as primeiras cenas e perguntou: “Quem é essa atriz que faz a Baronesa? Ela tem uma energia muito grande, ela pula da tela!”. Quando disse que era Sienna, ele não acreditou. Disse: “É Sienna?? Eu não a reconheci, ela está morena!”. Quer dizer, foi um elogio sincero e sem ele saber quem ela era.



Mudando de assunto, seu elenco é composto por jovens astros nas faixa de seus 30 anos. Está cada vez mais difícil encontrar galãs nessa faixa?


Está. Todos os que conhecemos estão com quase 40 anos. Os que estão trabalhando estão ocupadíssimos. E outra coisa é que os jovens atores, em sua maioria, estão interessados em ser astros de cinema e não em ser atores. Se você vai para a Austrália, por exemplo, e pega aquele sujeito que é ator porque ama ser ator, e não porque quer ser famoso, ali está um cara com grande potencial. Esses são os melhores. E isso se tornou um problema, porque os galãs que estão nas ruas de Los Angeles não estudam. Está cada vez mais difícil mesmo. Os melhores atores não vêm de Los angeles, mas de fora.



Então tem sido difícil escalar elencos…



Tem sido, sim. Mas sabe que procuro não perder muito tempo com isso. É como um quebra-cabeças. Eu coloco fotos no meu escritório, vou testando algumas, mas não me prendo muito ao que eu tinha pensado de início. Então, é comum um personagem que era negro virar branco e vice-versa. Às vezes, acho alguém que se encaixa no papel, mas não no biótipo inicial e eu mudo. Outra coisa que não suporto é gente temperamental.



Então, um filme com Christian Bale e Lindsay Lohan é impensável…



Não sei… Acho que temos que ver as circunstâncias. Uma coisa é o que lemos. Outra é como as coisas realmente são. Toda história tem dois lados. Eu tento evitar casos complicados, meus filmes são muito complicados de fazer para eu me preocupar com excentricidades…



AGRADECIMENTO A PARAMOUNT .

Nenhum comentário:

Postar um comentário